A prematuridade é um problema de saúde grave e crescente no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a prevalência de partos prematuros no mundo varia de 5% a 18%, e que ocorrem cerca de 15 milhões de nascimentos prematuros, anualmente. No Brasil, esse número chega a 340 mil. Para lembrar o Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro, o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) promoveu, na sexta-feira (17/11), um encontro com colaboradores e mães de prematuros para falar sobre o assunto e a importância dos cuidados com esses pequenos pacientes.
A coordenadora da Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal (UCIN), enfermeira Paula Motta, abriu o encontro agradecendo a colaboração dos colegas na realização do evento e dando boas-vindas a todos. Na oportunidade, falou sobre a prematuridade e como é realizado o trabalho com os prematuros na UCIN. “O cuidado humanizado realizado na unidade, as ações que estimulam o desenvolvimento do bebê como a hidroterapia, além do vínculo entre mãe-filho com o método canguru, faz toda a diferença para que a recuperação dessa criança seja mais rápida”, afirmou a coordenadora.
Seguindo o tema da campanha deste ano, “Pequenas ações, grandes impactos: contato pele a pele imediato para os bebês, em todos os lugares”, a equipe da UCIN da maternidade enfatiza os benefícios do contato pele a pele aos bebês prematuros ao longo de todo o seu desenvolvimento.
Para mostrar todo o cuidado com os prematuros, a psicóloga Viviane Ferro apresentou um vídeo com cenas dos bebês juntos de suas mães no método canguru; o banho terapêutico – ofurô; a hora do mama; hora do soninho, entre outros momentos. O vídeo encerra com a frase “Prematuridade, a prova da força que os pequenos podem ter…”
Outro assunto abordado foi o aleitamento materno. A fonoaudióloga Marilene Rezende explicou sobre as necessidades do bebê prematuro e o motivo que é estimulado a amamentação. O aleitamento materno de prematuros melhora a saúde cardiovascular, é capaz de reduzir a retinopatia da prematuridade, entre outros benefícios. Dependendo do tamanho e do estado geral de saúde, os recém-nascidos prematuros não conseguem sugar o leite do peito da mãe. No caso, a alimentação é feita pela sonda gástrica ou pelo copinho. Tem bebês que já conseguem sugar e o trabalho de estímulo diário da fonoaudióloga facilita a amamentação. “O importante é que ele receba o leite materno para que se desenvolva com mais rapidez. Os prematuros são heróis, sempre.me refiro ao bebê prematuro como a pequena grande pessoa”, afirmou a profissional
Acolhimento
“Quero agradecer a toda equipe pelo carinho e cuidado que tem com minha filha e comigo. O acolhimento que estamos tendo aqui é maravilhoso”, disse a atendente Carline de Lima, de Palmeiras-GO, e mãe da Geovana, que nasceu com 33 semanas, com 2.085Kg, em 05/11, no Hemu. Foi transferida para a UCIN do HEMNSL em 08/11, onde permanece desde então.
“Só gratidão por todos aqui, por cuidarem tão bem de mim e do meu bebê. Muito feliz por poder ir para casa hoje”, relatou a diarista Adrielly da Costa, de Itaguari-GO e mãe da Ágatha, que nasceu com pouco mais de 32 semanas, pesando 1.900 Kg, em 02/11, no Hemu.Ficou oito dias na UTI Neonatal e foi transferida para o HEMNSL em 10/11 , onde permaneceu por sete dias.
Marilane Correntino (texto e fotos) – IGH