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Contagem investe em ações para assistência aos casos da COVID-19

Desde janeiro, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou com alto o risco global da COVID-19. As infecções respiratórias ocasionada por esta família de vírus têm sintomas semelhantes a um resfriado, mas em algumas pessoas a doença pode evoluir para uma crise aguda respiratória necessitando atendimento hospitalar.No Brasil, até o dia 14 de abril de 2020, foram confirmados 25.262 casos de COVID-19 e 1.532 óbitos, com taxa de letalidade de 5,7%. Diante da indisponibilidade, até o momento, de medicamentos e vacinas específicas que curem e impeçam a transmissão do coronavírus, o Ministério da Saúde vem seguindo as orientações da OMS que preconiza medidas de distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das mãos como as únicas e mais eficientes no combate à pandemia.  Por se tratar de uma pandemia, os órgãos de saúde têm monitorado a evolução dos casos e tomando medidas de acordo com indicadores, fases de aceleração e desaceleração relatados em estudos sobre vírus. Em Contagem, medidas preventivas e assistenciais têm sido implementadas desde 13 de março pela gestão municipal. Até o dia 14 de abril, o município registrou 19 casos confirmados, 2658 casos suspeitos e nenhum óbito de COVID-19. Em Minas, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta mesma data, foram confirmados 884 casos confirmados e 27 óbitos.“Em busca de uma assistência eficiente para a situação, a prefeitura de Contagem e o Instituto de Gestão e Humanização (IGH) que compartilha a administração da rede de urgência e emergência no município, têm envidado ações e seguido com zelo as recomendações das entidades de saúde” destacou o diretor do Complexo Hospitalar de Contagem (CHC), Flávio Albuquerque.No Hospital Municipal de Contagem (HMC) José Lucas Filho, unidade de referência para assistência a traumas e internações prolongadas da cidade, foram abertos 40 leitos de internação e 19 de CTI em uma ala isolada das demais e adquiridos 30 monitores de sinais vitais e 70 respiradores.“O local é destinado a assistência aos pacientes graves, ou seja, com sintomas respiratórios agudos e insuficiência respiratória que mereçam suporte clínico”, acrescentou, o responsável técnico médico do do HMC, Dr. Mário Cortellete.Nas últimas semanas foram intensificadas as capacitações dos profissionais visando atualizar a equipe para o cenário epidemiológico presenciado, assim como para a utilização dos novos fluxos assistenciais estabelecidos e para o uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI’s).A porta do Pronto Socorro, atualmente recebe apenas casos urgentes oriundos do SAMU, Corpo de Bombeiros, Via-040 e encaminhados das Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), visando à gestão sustentável de leitos tanto de enfermaria e CIT para emergências e pacientes graves de COVID-19.Buscando reduzir a circulação de pessoas no estabelecimento, uma questão fortemente preconizada pela OMS, foram adaptados os horários e critérios para visitantes e acompanhantes no estabelecimento. Os procedimentos e cirurgias eletivos, ou seja, não urgentes, serão remarcados para período posterior a queda das infecções respiratórias.Diante do panorama da saúde o Centro Materno Infantil (CMI) Juventina Paula de Jesus, unidade reconhecida como Hospital Amigo da Criança que presta a assistência tanto a gestantes e puérperas, como ao público infantil, também estabeleceu ações preventivas no atendimento de casos suspeitos de coronavírus.As principais mudanças ocorreram nos Prontos Atendimentos Obstétrico e Pediátrico. Nos locais foram separadas as recepções, consultórios de triagem e médicos para atendimento de pacientes com sintomas gripais dos demais atendimentos. A medida foi necessária após o território nacional ser declarado como local de transmissão comunitária – são casos de transmissão do vírus entre a população, sem origem conhecida de paciente infectado.Atualmente, o CMI possui também enfermarias de internação separadas para puérperas e crianças com sintomas gripais. Todas as equipes foram capacitadas e usam os EPI’s obrigatórios conforme os fluxos designados do setor. Os horários e critérios para visitantes e acompanhantes também foram restringidos.UPA SEDEA Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Sede, localizada no centro de Contagem, funciona desde o dia 24 de março, exclusivamente no atendimento a casos de tratamento de COVID-19. Assim, um paciente com sintomas gripais ou suspeito de infecção por coronavírus que necessita de internação e é atendido na rede de saúde é transferido para o local.O gerente da UPA, Leandro Santos, esclarece que o estabelecimento possui 20 leitos, sendo um (01) leito destinado para demanda que não encaixe no perfil da doença, três respiradores e aspirador portátil. “A unidade tem como retaguarda o Hospital Municipal de Contagem para os casos considerados mais graves,” completou.Com a mudança no atendimento foram feitos novos contratos para equipe multiprofissional, como fisioterapeuta, assistente social e técnico de farmácia e, também, para as áreas de higienização e portaria.Outra unidade que foi adaptada de forma diferente para atender esta demanda é a UPA JK, uma vez que o estabelecimento encontra-se na região de maior concentração da população contagense.Ela passou a funcionar no dia 06 de abril com uma tenda externa equipada com consultórios de triagem e médicos exclusivos para atendimento de pacientes suspeitos de coronavírus ou com sintomas gripais. A estrutura com mais de 76m² tem como objetivo evitar aglomerações, seguindo a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) a respeito do distanciamento recomendado entre as pessoas. Inicialmente, o funcionamento é de 7h às 19h, havendo necessidade, o atendimento será ampliado para 24hs.“Toda unidade já trabalha com um fluxo assistencial que obedece às recomendações dos órgãos de saúde. Esta ação tem como objetivo fortalecer as medidas preventivas de propagação das doenças respiratórias que são comuns nesta época, dentro do cenário que a sociedade vive da pandemia da COVID-19”, esclarece a gerente da UPA JK, Olívia Bonfim. Do início do mês até hoje (14/04), mais de 180 pessoas foram atendidas com sintomas de síndrome gripal na UPA JK, ou seja, passaram pelo fluxo de atendimento separado dos demais pacientes.  O CHC e UPAs funcionam como uma rede de saúde distribuída no território municipal. Para que a assistência seja prestada de forma eficiente as unidades trabalham em conjunto no alinhamento dos fluxos e diretrizes assistências. Dessa forma, pacientes suspeitos de COVID-19 ou com sintomas respiratórios que exijam cuidados clínicos que buscam atendimento nas UPAs Petrolândia, Ressaca e Vargem das Flores também são recepcionados e acolhidos por profissionais capacitados para tal demanda e munidos dos EPI’s necessários. Os locais fornecem álcool para higienização das mães e máscaras aos pacientes e acompanhantes que tenham o critério para o uso, assim como em toda a rede de saúde. Nestas unidades, espaços foram separados caso seja necessário o isolamento do paciente temporariamente.Toda a rede de urgência e emergência de Contagem esta abastecida dos suprimentos importantes na prevenção do coronavírus, como itens de higienização, álcool e equipamentos de proteção individual, assim como também contam com uma ambulância exclusiva para o transporte de pacientes que enquadrem nestes casos.“É um trabalho conjunto de todas as frentes de atuação, com muita dedicação, para o enfrentamento desta pandemia, finalizou diretor do CHC, Flávio Albuquerque.Na última semana, o Hospital Santa Helena, no bairro Eldorado, tornou-se parceiro na oferta de 113 leitos, sendo 107 para internação e seis (06) semi-intensivo para o tratamento de pacientes com COVID-19, ampliando ainda mais a oferta de leitos no município. O local passa por adequações para iniciar os atendimentos em breve.O Hospital iria fechar alegando problemas financeiros em função da crise provocada pelo coronavírus e agora atuará em apoio à rede de saúde municipal, por meio de parceira com a Prefeitura e gestão compartilhada entre Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto de Gestão e Humanização (IGH). “O IGH tem acompanhado as diretrizes do Ministério da Saúde e do Governo de Minas com objetivo dar suporte as demandas da população contagense e dos gestores municipais diante da COVID-19”, completou a diretora regional do IGH, Ana Kécia Xavier.  

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