Hospital de Porto Seguro avança no modelo da assistência materno/infantil
Foi concluído na última semana o curso de aperfeiçoamento em gestão para maternidades da Rede SUS-BA, uma iniciativa do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria Estadual de Saúde, cuja capacitação foi realizada pela Escola Estadual de Saúde Pública, com o apoio do Ministério Público Estadual e atuação de 36 gestores públicos de hospitais com maternidades, provenientes de 25 municípios do estado. O objetivo foi qualificar os gestores no campo da gestão pública e da gestão em saúde quanto ao funcionamento e operacionalização dos princípios e diretrizes preconizados pela Rede Cegonha.
O Hospital Regional Deputado Luís Eduardo Magalhães teve como representante a sua diretora geral, Thaís Fraga, que apresentou como produto final do curso, os inúmeros avanços desde que o Instituto de Gestão e Humanização passou a administrar a Unidade. Entre eles se destacam a contratação de mais profissionais, inclusive indígenas, implantação do protocolo de Manchester para classificação de risco de urgência e emergência obstétrica, intervenções prediais no pré parto, realocação da sala de parto e cumprimento da garantia de acompanhante de livre escolha, além de aquisições para o parque tecnológico junto à SESAB, que vão desde o primeiro Cardiotocógrafo do hospital, Aparelho de Ultrassonografia com Doppler, até Monitores Fetais e Camas de Parto/PPP.
Essas e outras práticas adotadas pelo HRDLEM são responsáveis por melhorias no desempenho, monitoramento e controle de indicadores importantes, como taxa de episiotomia – que obteve redução média de 23% para 9,3%. Tais avanços foram evidenciados e reconhecidos pela EESP e pelo COSEMS/SESAB que manifestou: “Vocês têm uma capacidade de análise de Rede maravilhosa e conseguiram fazer muito, por isso estão conseguindo encantar a região toda. É um marco. Pela primeira vez tem um movimento social participando ativamente da Rede Cegonha na região, porque reuniu atores sociais que propiciaram isso. É uma gestão maravilhosa, desde que o IGH assumiu.” Pontuou Manoel Henrique.
Para a diretora geral da Unidade, apesar das dificuldades diárias, dentre as quais a alta demanda de pacientes, incluindo àquele de baixo risco, cujo perfil poderia ser integralmente absorvido pela atenção básica da microrregião, a escassez de médicos obstetras na região e principalmente a falta de Casas de Parto Normal/CPN nos municípios. Ainda assim as experiências vivenciadas têm sido bastante exitosas. “É um longo caminho para o alcance pleno de uma atenção obstétrica e neonatal voltada para as boas práticas. Mas é preciso que sigamos rompendo paradigmas e focando na implementação da rede de cuidados materno-infantil conforme premissas da Rede Cegonha. Este é o nosso desafio”, concluiu Thais Fraga.