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Hospital Municipal de Contagem bate recorde de internações

Unidade hospitalar passou a ser administrada recentemente pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH)

Em janeiro deste ano foi registrado o maior número de internações em leitos de Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Municipal de Contagem (HMC): 119, superando o recorde anotado em dezembro de 2008, dez anos antes, quando 101 pessoas foram internadas na unidade de saúde. Dos 30 leitos de CTI do HMC, 12 foram abertos pela atual gestão municipal.

O coordenador médico do CTI adulto do Complexo Hospitalar de Contagem, Frederico Costa Val Barros, ressalta que vários fatores contribuíram para o aumento das internações, como a melhoria no desempenho das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). Também houve melhoria no desempenho do pronto-atendimento da Clínica Médica que integra o Complexo Hospitalar.

Mais eficiência no fluxo entre as unidades, na gestão de leitos, mais agilidade na realização de procedimentos e exames, maior envolvimento da equipe multidisciplinar e o aperfeiçoamento de processos internos institucionais são outros fatores apontados pelo médico. “A criação e atuação do Núcleo Interno de Regulação (NIR) foram fundamentais no gerenciamento das vagas entre as unidades. É possível observar melhor atuação dos profissionais envolvidos na assistência direta e um novo formato de liderança dos setores”, destaca Frederico.

A coordenadora de enfermagem do CTI adulto do Complexo Hospitalar, Priscilla Fázzio, destaca que o aumento do número de internações não traz benefícios apenas aos pacientes em estado mais crítico, mas à toda rede de saúde. “A maior rotatividade do fluxo reduz o tempo de espera por cirurgias de pacientes que precisam de vaga no CTI e aumenta a disponibilidade dos leitos de emergência, que ficam disponíveis quando o paciente é encaminhado para terapia intensiva”, afirma.

Diagnóstico

O CTI do Hospital Municipal recebe pacientes graves e que exigem atendimento mais complexo. O atendimento requer estrutura adequada, monitoramento contínuo, equipe multidisciplinar presente 24 horas, profissionais mais capacitados e diagnóstico e tratamento precoces e intensivos. A despesa diária de um leito de CTI gira em torno de R$ 5 mil.

Para que seja possível aumentar a taxa de rotatividade não basta apenas abrir mais leitos de CTI. Também é preciso garantir a oferta de vagas nas enfermarias, alas para onde são encaminhados os pacientes que já não necessitam de toda a estrutura do Tratamento Intensivo, mas que ainda demandam cuidados e observação em uma unidade de complexidade intermediária.

Atualmente, o HMC conta com 46 leitos de enfermaria e seis de transição para atender exclusivamente a pacientes que saem do CTI. A enfermaria médica foi totalmente reformada e entregue à população no fim de 2017. Na época, o Complexo Hospitalar chegou a 360 leitos, praticamente dobrando sua capacidade em relação ao início daquele ano, quando havia apenas 199.

Em relação às UPAs, a atual gestão promoveu a reposição de escalas multiprofissionais, reestruturou leitos de emergência e adquiriu equipamentos como respiradores (ventiladores mecânicos) e desfibrilador.

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