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UPA Gleba A realiza ação em alusão à campanha de prevenção da gravidez na adolescência


Nesta quinta-feira (6), aconteceu uma palestra na sala de espera da UPA Gleba A de Camaçari-BA em prol da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. A ação que conta com campanha de conscientização, teve como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas.
“As dificuldades de uma jovem adolescente grávida começam em casa, caso a família não aceite. Depois essa jovem vai enfrentar mais complicações ao ter que passar pelo desafio de cuidar de outra criança. Impactos sociais, filhas fugindo de casa, adolescência sem referência, juventude sendo criada sem valores, tudo isso repercute no social e na saúde”, disse o enfermeiro Ronald Pires ao público.
“Precisamos buscar fazer a nossa parte. É muito fácil apontar o dedo para a adolescente e dizer ‘mas não sabia que podia engravidar? ’, mas a adolescente foi informada sobre os métodos contraceptivos? Essa adolescente tinha acesso a esse método? Ela sabia fazer o uso correto?”, continuou.
A enfermeira Jean Oliveira, plantonista na UPA Gleba A explica que na adolescência, as meninas começam a despertar para a sexualidade e muitas vezes sem orientação por parte da família. Essas acabam engravidando e consequentemente ficam expostas a tensão e aos riscos como: pré eclampsia/eclampsia, parto prematuro, complicações que levam ao parto cesáreo, infecção urinária, aborto, má formação, bebês com baixo peso, entre outros problemas.
A gravidez na adolescência é considerada de alto risco entre a faixa etária de 10 a 20 anos segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), podendo ocasionar problemas físicos, sociais, psicológicos e biológicos. No Brasil, 1 em cada 5 mulheres são mães na adolescência conforme o Relatório de Organização de Saúde (OPAS/MS, UNICEF,UNFPA).
“Os índices no Brasil são alarmantes, temos muitas dificuldades a serem enfrentadas nessa área e o problema independe de classe social”, prosseguiu Jean. “Sabemos que os adolescentes estão iniciando a vida sexual mais cedo, sem orientações devidas por parte dos familiares e das escolas e acabam enfrentando consequências desastrosas prematuramente.”
A contribuição dada a esse tema por parte da UPA Gleba A tem também como objetivo estreitar laços entre familiares, estimular diálogos e, principalmente, promover uma adolescência saudável e feliz.
A paciente Jocineide Alves dos Santos, 41 anos, registrou seu elogio sobre a campanha realizada. “Gostei e acho essa iniciativa da UPA de falar sobre esse assunto importante, pois muitas jovens não possuem orientação em seus lares e têm vergonha de conversar com os pais que não falam sobre sexualidade com os filhos.”
Manuel Santos Soares, 40 anos, também elogiou e opinou sobre o assunto. “Gosto dessas campanhas que vocês fazem, acho esse incentivo da UPA Gleba A muito bom, pois muitas vezes a gravidez na adolescência acontece por falta de informação. Eu tenho uma filha em casa e procuro sempre orientar. Muitas famílias são fechadas para isso e toda informação que incentive é boa.”
A assistente social Roseimeire Moura concluiu a palestra. “Em vez de criticar, vamos orientar. Se a mãe não dá abertura ao diálogo para a filha, você como tia pode ajudar. Sempre podemos fazer a nossa parte!

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