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Mudança no jeito de fazer saúde com crescimento na eficiência é tendência no país

“Uma mudança no jeito de fazer saúde com crescimento na eficiência do setor, nos próximos dez anos”, esta é uma perspectiva para todo país, segundo o superintendente do Instituto de Gestão e Humanização (IGH) Paulo Bittencourt durante a palestra de abertura do evento “A eficiência da Gestão Pública Modelo OSS”. Numa iniciativa do IGH, organização social de saúde e TMJobs, lideranças da saúde em Goiás se reuniram na manhã desta quinta-feira, 28/03 no Hotel Mercure em Goiânia para discutir a evolução dos modelos de gestão, do controle e da qualidade dos serviços hospitalares.

Paulo Bittencourt apresentou cases de êxito da gestão por OSS na saúde pública tanto em Goiás como no Espirito Santo. Os números mostram o aumento de até 47% na produção hospitalar e redução de custos em comparação com a administração direta. O IGH gerencia mais de 1.800 leitos hospitalares em todo país, é signatário do pacto Global das Nações Unidas e tem um braço social, administra 36 contratos na área da saúde em sete estados e Distrito Federal. Em Goiás, faz a gestão dos hospitais estaduais Materno Infantil Jurandir do Nascimento, de Urgências de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Huapa) e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), por meio de contratos de gestão com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.

Para o Secretário da Saúde de Goiás Ismael Alexandrino o modelo por OSS é uma ferramenta que demostra vantagens e oportunidades de evolução. “Em Goiás tivemos um momento de disrupção do modelo de gestão das unidades próprias, notadamente a partir de 2012, com a contratualização das OSS resultando em avanços em abastecimento, aumento de produção e qualidade dos serviços. No entanto, há desafios a serem superados para maior oferta de serviços como a fragmentação da rede, ausência de regulação gestão municipal desconectada da estadual e no cenário atual, dívidas de 728 milhões de reais”, explicou.

O cenário no entanto é de uma exigência da população por serviços de qualidade, por transparência e eficiência que também é exigida diante do contingenciamento dos recursos. Para o promotor de justiça do Ministério Público de Goiás Érico de Pina, com larga experiência nas demandas de saúde, o Brasil tem programas do SUS referência mundial como Estratégia de Saúde da Família, Programa Nacional de Imunização, Controle de HIV , Tratamento de Hepatite C, Transplantes e Controle do Tabagismo. “Por minha conta incluo nesse rol, a Dispensação de Medicamentos tanto básicos como de alto custo que outros países não possuem como aqui. Na Europa, por exemplo, limitam o acesso ao mínimo”, afirmou o promotor.

Com relação às organizações sociais, Erico de Pina ressaltou como vantagem a maior cobertura das ações de saúde, o menor custo, o maior controle do plano de trabalho e a possibilidade de comparação entre provedores. “É muito mais fácil fiscalizar uma OSS do que o poder público, pois a informação está disponível, e de forma clara, há um responsável identificado e é possível compreender melhor a realidade daquela gestão”. Ele parabenizou o IGH pelo trabalho, destacando a atuação da OSS em grandes unidades de pronto atendimento no sul do país.

A terceira palestra será do diretor de projetos e Novos Negócios do Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes), Christian Hart, que vai explicar sobre “A importância da acreditação no ambiente hospitalar”, que destacou um panorama das mudanças de mercado privado, complementar e público no país. Participaram do evento profissionais de saúde, parlamentares e gestores.

Sobre o IGH: governança, atuação e estratégia em saúde – O IGH atualmente está estruturado para as demandas operacionais, táticas e estratégicas decorrentes da prestação de serviços de saúde para entes públicos. “Destaca-se no âmbito operacional a normatização dos processos e a informatização dos mesmos por meio de softwares de gestão especializados”, conta Bittencourt.

Já no âmbito tático, os setores e departamentos contam com coordenadores e gerentes que administram os processos através de indicadores e de relatórios de acompanhamento. “O âmbito estratégico, por sua vez, conta com os diretores em unidades de aperfeiçoamentos, que atuam por meio da leitura do mercado e das mudanças macros legais”, conclui.

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